DIÁRIO GRÁFICO

Um diário gráfico é um pequeno caderno ou dossier com folhas em branco onde podes escrever, apontar, desenhar, pintar, fixar ou colar o que te apetecer. Há dezenas de anos que artistas, arquitetos, escritores e muitas outras pessoas utilizam estes cadernos para registar ideias, pensamentos, impressões e imagens, ou então para recolher folhas secas, papéis, bilhetes, rótulos, selos e outros objetos curiosos.

A actividade que te é proposta consiste na construção de um diário visual e é para desenvolveres ao longo de todo o ano lectivo.

O diário visual ser-te-á muito útil ao funcionar como um arquivo onde poderás procurar ideias, e constituirá uma ajuda para desenvolveres a memória, veres o mundo de outro modo – mais atento! – e construíres trabalhos ou projectos que te serão válidos para a disciplina de Educação Visual e Tecnológica (mas não só).

Quer registes a realidade que observas quer optes por uma representação mais expressiva, no diário visual podes explorar diversos materiais e técnicas (por exemplo, experimentando desenhar a com pau de carvão, pintar com lápis-aguarela, pastéis de óleo, pastéis secos em diversos suportes ou soprando tinta da china, misturando tintas com colas, decalcando, estampando, etc.) e familiarizares-te com estes de forma a melhorares a tua capacidade de desenvolver os projectos e realizares trabalhos por iniciativa própria.

Recolhendo imagens, objetos diversos de materiais diferentes, entre outras coisas, apercebeste das várias possibilidades de relacionamento entre estes e estimulas a tua imaginação.

Criares um diário gráfico não é nada complicado!

Como não existe um modelo ideal, terás de construir o teu recorrendo à tua imaginação e adaptando-o à tua vivência, uma vez que este objeto deverá ser o “companheiro” que guarda as coisas que gostas, que te despertam interesse e curiosidade.

Ao explorares o desenho de observação – o registo gráfico do que estás a ver em determinado momento – tornas-te mais rigoroso no olhar, apercebes-te de inúmeros pormenores, formas, sinais que até então não havias reparado (proporções e volumetria dos objectos, as partes que constituem e as relações entre os objectos, os pormenores e os mecanismos), compreendes e memorizas o que vês.

Por outro lado, no final do ano lectivo poderás verificar o teu próprio desempenho evolutivo e constatar a capacidade que o Homem tem para aprender, pois desenhar também se aprende (como acontece em qualquer outra disciplina) e que a facilidade demonstrada por alguns nesta área não é impeditiva do sucesso de qualquer outro.

Depois é só necessário que te habitues a usá-lo e aprendas a gostar de o fazer. O teu diário visual é uma “companhia” regular, pelo que deves efectuar registos frequentemente, tendo o cuidado de assinalar a data de cada um. Como recurso para procurares ideias, a ele deves recorrer sempre que necessites!